quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Vacinação contra brucelose em Goiás

No ano de 2010 foram vacinadas contra a brucelose, em Goiás, 1.843.647 bezerras na faixa etária de três a oito meses, o que corresponde a 90,12% do rebanho existente na mesma faixa etária. A vacinação confere uma proteção aproximada de 75% contra a enfermidade e o aborto. O ser humano pode contrair esta zoonose ao manusear animais ou mesmo consumir produtos e subprodutos de origem animal, sem os devidos cuidados. Segundo Willian Vilela, gerente de Sanidade Animal da AGRODEFESA, o incremento no número de vacinas em 2010 em comparação aos anos anteriores é consequência da  maturidade e consciência do produtor, que tem participado mais ativamente do processo. Houve ainda a contribuição dos profissionais da AGRODEFESA e EMATER com palestras e campanhas de conscientização. Outro ponto que contribuiu para essa melhora foi a informatização do sistema de emissão de Guias de Trânsito Animal – GTAs na AGRODEFESA, pois no sistema informatizado é necessário o lançamento da vacinação, para que a propriedade esteja apta a movimentar animais. No ano de 2010 houve um acréscimo de 38,5% de bezerras vacinadas em relação ao ano de 2009, elevando o índice vacinal de 72 para 90%, o que elevou Goiás a condição de segundo maior índice vacinal do país, só sendo superado pelo Estado de Mato Grosso.

Só para lembrar: 1) a vacina de brucelose deve ser feita apenas uma vez na vida do animal, com o uso de amostra B-19; 2) deve ser realizada por veterinário capacitado e com uso de equipamento de proteção individual, bezerras (bovinas e bubalinas) serão identificadas com carimbo do lado esquerdo da cara com um "V" seguido do ano em que foi realizada a vacinação. Em animais registrados em associações de raças, tal identificação é facultativa. Caso o produtor decida por identificar, deverá fazê-lo no lado direito da cara do animal; 3) deve ser realizada sob supervisão de médico veterinário cadastrado na AGRODEFESA.

Fonte: www.agrodefesa.go.gov.br, com poucas modificações

domingo, 23 de janeiro de 2011

Criação de ovinos e caprinos no Sudoeste de Goiás


Tenho conversado ultimamente com alguns pecuaristas do Suodeste Goiano e alguns produtores comentam que não produzem ovinos e caprinos e não pretendem entrar na atividade. O único frigorífico da região que abatia ovinos, situado em Rio Verde-GO, há alguns anos não abate mais esses animais. Outro fator agravante é que não há nenhum incentivo governamental para essa importante atividade. Medidas simples como fomento estadual estimulando a produção, comprando parte dessa carne e fornecendo o produto na merenda escolar e nos presídios, por exemplo, estimularia a economia local. E na sua região ? Como é a produção de ovinos e caprinos ? No link abaixo, você pode conferir uma reportagem apresentada o ano passado no Globo Rural que mostra um projeto desenvolvido na Bahia, onde produtores são estimulados a melhorar geneticamente seus rebanhos: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1416789-7823-FAZENDA+INVESTE+NO+MELHORAMENTO+GENITICO+DA+RAA+DORPER,00.html

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Intoxicação por "chumbinho" em cães e gatos

São frequentes os casos de envenenamento acidentais ou criminosos na clínica de animais de estimação. Dentre os principais compostos tóxicos envolvidos nesses casos, destacam-se os cumarínicos, estricnina e carbamato. O carbamato geralmente é encontrado no comércio (às vezes no "mercado negro") na forma de grânulos pretos ou azulados semelhantes a "chumbinhos". Daí, o nome popular chumbinho. Esse produto é facilmente encontrado para venda e, como é um produto clandestino, em algumas regiões, há mistura de tóxicos (carbamato + estricnina, por exemplo). O clínico veterinário precisa atentar aos principais sinais clínicos da intoxicação por carbamato e ao tratamento de emergência, pois caso não seja realizado prontamente, o cão ou gato intoxicado pode morrer. Esse artigo de revisão traz muitas informações úteis sobre esse assunto: http://www.scielo.br/pdf/cr/v37n4/a51v37n4.pdf

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Exame clínico neurológico em ruminantes e equinos


Um bom exame neurológico, além de apontar a região do sistema nervoso (SN) central ou periférico afetada, pode ainda indicar posssíveis diagnósticos diferenciais. Lamentavelmente, esse assunto de extrema importância em Medicina Veterinária é pouco explorado (ou não é explorado) em algumas universidades, o que repercute na falta de interesse de alguns veterinários em fazer diagnóstico de doenças neurológicas. Há alguns anos, foi publicado um artigo de revisão espetacular abordando a importância do exame clínico neurológico para a confirmação do diagnóstico de neuropatias em ruminantes e equinos. Recentemente, navegando na internet encontrei um vídeo (em espanhol) falando sobre o mesmo assunto. Abaixo, vocês encontram os links para o artigo e o vídeo. "Divirtam-se..."

Link do artigo: http://www.scielo.br/pdf/pvb/v22n4/14290.pdf
Link do vídeo: http://uab.cat/servlet/Satellite/videos/reproduccio-1192707516892.html?param1=10divulgacio&param2=30CienciesSalut&param4=veterinaria&url_video=1186036485193

sábado, 8 de janeiro de 2011

Necropsia em fetos suínos abortados e natimortos: interpretação de lesões


A suinocultura brasileira apresentou um crescimento vertiginoso nos últimos anos, especialmente nas regiões Sul e Centro-Oeste. Conforme postamos há alguns meses, a partir de uma necropsia bem feita e do envio adequado de amostras para exames histopatológico, microbiológico e molecular, pode-se concluir o diagnóstico da enfermidade em questão. Isso é de fundamental importância em suinocultura, onde os resultados laboratoriais associados à adequada investigação de campo são cruciais para o estabelecimento de diversos diagnósticos. Devido a frequência relevante de abortos e natimortos em suinocultura e dos prejuízos econômicos que os mesmos resultam em uma criação suinícola, é importante que o médico veterinário e o patologista saibam reconhecer alterações macroscópicas e não confundí-las com lesões post mortem ou de pouco significado. No link abaixo, pode-se obter um trabalho de revisão muito bem elaborado e ilustrado mostrando esses aspectos apontados anteriormente. Boa leitura: http://www.pvb.com.br/pdf_artigos/01-01-2011_17-20Vet%20841_1955%20LD.pdf

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Retrospectiva do Site em 2010


O Site do LPV foi criado, em formato de blog, em outubro de 2010, com o objetivo de trazer informações úteis e atualizadas de diagnósticos de doenças em animais domésticos para os estudantes de Medicina Veterinária e médicos veterinários, especialmente aqueles do Estado de Goiás e de estados vizinhos. O site busca também servir como mais uma forma de interagir com os colegas e discutir temas veterinários de nosso interesse.

Durante esses quases três meses de criação, foram feitos 22 posts. Tivemos mais de 400 acessos e pessoas de várias regiões do Brasil e do mundo, como Portugal, Estados Unidos, França, Croácia, Uruguai e Argentina, acessaram o conteúdo do site.

Esperamos que nossos objetivos estejam sendo alcançados. Para termos certeza disso, o retorno dos senhores com críticas, sugestões, comentários ou elogios (se julgarem pertinente) é fundamental. Portanto, visitem regularmente o site e divulguem o mesmo a outros colegas interessados.

Um abraço da equipe LPV.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Peritonite infecciosa felina (PIF)


Peritonite infecciosa felina (PIF) é uma importante enfermidade de gatos. A doença é sistêmica, imunomediada, grave e geralmente é letal. É causada por um coronavírus, semelhante ao coronavírus entérico. Clinicamente, a PIF pode apresentar duas formas: a efusiva e a não-efusiva. Os achados macro e microscópicos, na maioria dos casos, são conclusivos. Daí a importância da realização da necropsia e da histopatologia para a confirmação do diagnóstico. No link abaixo, você pode visualizar um artigo que estuda 13 casos de PIF no Sul do Brasil. http://www.scielo.br/pdf/cr/v33n5/17138.pdf

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Intoxicação por Brachiaria spp.


No Centro-Oeste brasileiro, a principal forrageira disponível aos bovinos é a Brachiaria spp. Há algumas décadas, sabe-se que essa gramínea é tóxica para vários herbívoros, principalmente ovinos e bovinos. Inicialmente, conforme observado em outros países, pensava-se que a toxicidade da planta estava associada à presença de um fungo denominado Pithomyces chartarum. Desde a década passada, muitos pesquisadores mostraram que no Brasil, em muitos surtos, a quantidade de esporos do fungo encontrados era insignificante ou não eram patogênicos. A partir desses estudos, foi confirmada a presença de saponinas litogênicas na Brachiaria e, atualmente, acredita-se que esse princípio tóxico seja responsável pelas lesões importantes desses surtos. Em um estudo recente realizado em Mato Grosso do Sul, os autores mostram e discutem as características epidemiológicas, clínicas e patológicas de 29 surtos de intoxicação por Brachiaria spp. em bovinos. O trabalho pode ser consultado no link: http://www.pvb.com.br/pdf_artigos/01-01-2011_16-58Vet%20865_1983%20LD.pdf
Se você tem surtos de Brachiaria spp. na sua região, tire fotos, faça necropsias dos animais que morrerem, coletem amostras para histopatologia e entrem em contato com nossa equipe. Teremos prazer em estudar  esses casos com o colega do campo.