segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Fulguração ? Isso mata ?


E como mata !!! Fulguração é a morte de animais pela ação de correntes elétricas atmosféricas ou raios durante tempestades. Geralmente, determina morte súbita nos animais afetados e alterações macro e microscópicas, usualmente, não são observadas. Para a confirmação do diagnóstico é essencial os aspectos epidemiológicos como evidências da ação recente dos raios no ambiente onde os animais estavam antes da morte. A morte costuma ocorrer por falha cardíaca e/ou respiratória decorrente da ação da descarga elétrica sobre o coração ou sistema nervoso central. Leia mais sobre o assunto na descrição de um surto de fulguração em bovinos no RS: http://www.pvb.com.br/pdf_artigos/30-03-2010_18-17Vet790.pdf, e confira uma reportagem sobre o problema em uma criação de suínos, também no RS: http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-rural/v/raio-mata-dezenas-de-porcos-no-noroeste-do-rio-grande-do-sul/1831076/

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Combate aos morcegos hematófagos em Goiás

Os casos de raiva provocados por morcegos hematófagos (Desmodus rotundus) resultam em enormes prejuízos aos pecuaristas. Em Goiás, as regiões da Estrada de Ferro, Minaçu, Uruaçu, Niquelândia, Corumbá e Pirenópolis merecem atenção especial devido à alta incidência desses animais. O trabalho de controle dos morcegos hematófagos e as ações educativas são realizadas durante todo o ano pelos fiscais estaduais agropecuários, veterinários, da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). Eles atuam, principalmente, com o objetivo de identificar as espécies hematófagas e baixar esta população a níveis aceitáveis. Leonardo Tomaz, da Gerência de Sanidade Animal, explica que apesar dos prejuízos, os morcegos são importantes no equilíbrio ecológico, além de serem protegidos pela lei federal nº 5.197/67, do IBAMA, pois são animais silvestres da fauna brasileira. Por esta razão, não é possível a eliminação completa como muitas vezes quer o proprietário rural, mas é utilizado um método seletivo de redução da população que, na verdade, preserva as espécies que não se alimentam de sangue. Bovinos de leite de raças europeias são mais dóceis e, por isso, estão mais propensos ao ataque da espécie que é facilmente encontrada em cavernas, grutas, casas abandonas, pontes, entre outros. “Já trabalhamos, inclusive, um projeto de mapeamento dos pontos de risco no trecho da Ferrovia Norte Sul que passará pelo Estado, cuja obra vai criar muitos abrigos artificiais”, adianta Leonardo. A Ferrovia Norte e Sul terá um trajeto de 516 Km em território goiano. Qualquer morcego pode carregar o vírus rábico, mas para que ocorra a transmissão para os bovinos é necessário o contato da saliva com o sangue de algum animal do rebanho. Uma das medidas de prevenção contra a raiva é a vacinação do gado anualmente, obrigatória em alguns municípios do Estado considerados de alto risco para a raiva, conforme a Instrução Normativa n.º 001/05, da Agrodefesa. O animal com diagnóstico da doença deve ser isolado e morrer naturalmente. Um dos problemas enfrentados pelos fiscais da Agência é a pouca disposição do produtor rural em identificar na sua propriedades os locais de abrigo dos morcegos e notificar o serviço de defesa agropecuária. “Nosso trabalho é ir ao local, realizar a captura por meio de redes, identificar os hematófagos e, deste grupo, encaminhar para análise em laboratório dez por cento”, explica. Para sua eliminação é utilizada a pasta vampiricida, produto químico a base de anticoagulante. O veneno é aplicado diretamente no morcego capturado pelo serviço veterinário oficial ou ao redor da mordida feita pelo morcego no bovino, já que o hematófago tem o hábito de utilizar da mesma presa mais de uma vez. A pasta colocada na ferida é levada para os esconderijos favorecendo a contaminação dos outros hematófagos do grupo. Este método pode ser realizado pelo produtor rural, desde que seja observado os devidos cuidados no manuseio e acondicionamento do produto. No entanto, os produtores rurais, não devem fazer a captura dos morcegos ou estarão cometendo crime ambiental. Só órgãos oficiais da saúde, meio ambiente e de sanidade animal podem colocar em prática as ações de controle, sem autorização prévia do IBAMA, e mesmo assim especificamente para controle da espécie hematófaga. Há ainda o risco de expor a própria saúde. Como a raiva é uma zoonose, é importante se proteger da mordedura do animal usando corretamente os equipamentos de proteção individuais. Se você tem casos neurológicos na sua região, não deixe de coletar material e submeter o encéfalo para diagnóstico no LPV e amostras adicionais para diagnóstico virológico nos laboratórios oficiais. Em Goiás, a imunofluorescência direta para raiva é realizada no LABVET-AGRODEFESA que fica no Campus II da UFG, Goiânia/GO.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Infecções parasitárias em peixes


Doenças parasitárias na piscicultura representam as causas mais comuns e importantes de prejuízos em criações de cativeiro. Dentre essas enfermidades, numerosas infecções causadas por protozoários e metazoários destacam-se pelos altos índices de mortalidade. A histopatologia é uma ferramenta importantíssima para a confirmação do diagnóstico e, consequentemente, para a aplicação de medidas de controle e tratamento. Recentemente, surtos de enfermidades em pacus (Piaractus mesopotamicus) causadas por protozoários e metazoários foram confirmados por nossa equipe no Sudoeste de Goiás. Leia mais aqui: http://www.pvb.com.br/pdf_artigos/15-02-2012_11-58Vet%201103_2439%20LD.pdf

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Encefalomalacia focal simétrica


Enterotoxemia é uma enfermidade neurológica causada por toxinas de Clostridium perfringens tipo D que afeta ovinos e caprinos submetidos a mudanças bruscas na dieta com superalimentação por carboidratos. No Brasil, a doença não tem sido observada em condições naturais em bovinos, apenas experimentalmente. Uma importante lesão detectada nessa doença é a encefalomalacia focal simétrica. Um trabalho feito no Nordeste brasileiro descreve um surto dessa doença em ovinos. Leia aqui: http://www.pvb.com.br/pdf_artigos/18-06-2010_18-14Vet%20791.pdf

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Intoxicação por agrotóxicos em bovinos na Paraíba


Recentemente, surtos de intoxicação por agrotóxicos poram observados em bovinos na Paraíba. Os bovinos consumiram palma que havia sido tratada por esses produtos químicos. A palma é uma planta muito consumida na região semi-árida do Brasil, principalmente na época de estiagem. A planta foi tratada com agrotóxicos para eliminar a cochonilha que é uma importante praga do vegetal. Confira o problema na reportagem: http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-rural/v/agricultores-de-boa-vista-pb-usam-agrotoxico-para-combater-praga/1802873/

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Residência em Patologia Clínica na UFRGS

Estão abertas vagas para o Programa de Residência Médico-Veterinária em Patologia Clínica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mais informações podem ser obtidas em http://www6.ufrgs.br/hcv/editais/EDITAL_SUPLEMENTAR_20120201.pdf

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Dicas para prevenir a raiva urbana


Cães e gatos que vivem erraticamente pelas cidades, sem os devidos cuidados sanitários, podem contrair determinadas doenças com potencial zoonótico, como é o caso da raiva. Confira no vídeo abaixo algumas dicas de prevenção da raiva em humanos e quais medidas devem ser adotadas em casos de agressões em humanos por animais de companhia com suspeita de raiva: http://g1.globo.com/videos/pernambuco/netv-1edicao/t/edicoes/v/vacina-antirrabica-esta-disponivel-na-rede-publica-de-saude-do-recife/1798225/

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Cursos da ANCLIVEPA-GO em 2012

A Associação de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais - Seção Goiás divulgou os cursos que serão realizados no auditório do CRMV-GO em 2012. Confira abaixo:
17 e 18 de março: Curso de Anestesiologia de Pequenos Animais, com a Prof.ª Dr.ª Márcia Kahvegian (ANCLIVEPA-SP).
19 e 20 de maio: Curso de Ortopedia de Pequenos Animais, com o Prof. Dr. Bruno Minto (FCAV/UNESP).
16 e 17 de junho: Curso de Terapêutica de Pequenos Animais, com a Prof.ª Dr.ª Helenice Spinosa (USP).
4 e 5 de agosto: Curso de Oncologia e Quimioterapia de Felinos, com o Prof. Dr. Andrigo Barboza de Nardi (FCAV/UNESP).
29 e 30 de setembro: Curso de Oftalmologia de Pequenos Animais, com a Prof.ª Dr.ª Andréia Vitor Couto do Amaral (CAJ/UFG)
24 e 25 de novembro: Curso de Emergência de Pequenos Animais, com o Prof. Dr. Rodrigo Rabelo (Intensivet)
Mais informações podem ser obtidas pelo fone (62) 3565-4608 ou no site www.anclivepago.com.br

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Abortos em equinos


Abortos e mortalidade perinatal são responsáveis por perdas econômicas consideráveis para os criadores de equinos. A frequência da ocorrência de abortos nesta espécie pode variar de 8-19%. As principais causas de infecção feto-placentária são bactérias, vírus ou, menos frequentemente, fungos. As causas não infecciosas
mais comuns são a torção umbilical, a gestação gemelar e as malformações congênitas. Dentre as causas infecciosas os abortos causados por vírus são atribuídos ao vírus da arterite equina e, principalmente, ao herpesvirus equino tipo 1 (EHV-1) ou, menos frequentemente, ao herpesvirus equino tipo 4. Um estudo retrospectivo realizado sobre o assunto no Sul do Brasil foi recentemente publicado. Leia mais clicando aqui: http://www.pvb.com.br/pdf_artigos/31-01-2012_14-08Vet%201063_2385%20LD.pdf