segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Monitoramento de bovinos importados em Goiás

Fiscais estaduais agropecuários da AGRODEFESA estão monitorando frequentemente os bovinos importados que integram o rebanho em oito municípios de Goiás. Atualmente há 36 bovinos de alto padrão genético em dez proprietários diferentes no Estado. Desse total, apenas dois vieram do Paraguai, onde o status sanitário para a Encefalopatia Espongiforme Bovina é semelhante ao do Brasil, ou seja, risco insignificante para a doença. O outros 34 bovinos foram importados dos Estados Unidos e do Canadá, onde já houve casos da doença.“Recentemente, dois bovinos apresentaram alterações no estado de saúde, então, temos a obrigação de acompanhar mais de perto esta situação. Uma vez que o período de incubação do prion é bastante longo, precisamos ter a segurança de um diagnóstico correto, medida que visa a prevenção do aparecimento da doença em território brasileiro, algo que nunca ocorreu antes”, justifica o veterinário Leonardo Aparecido Guimarães Tomaz, coordenador do Programa Estadual de Controle e Profilaxia da Raiva dos Herbívoros, da Agrodefesa. O veterinário alerta que nenhum dos bovinos importados pode transitar fora das propriedades rurais sem permissão da Agrodefesa, que é o órgão estadual do serviço veterinário oficial. Além disso, qualquer alteração no comportamento do animal precisa ser comunicada imediatamente à Agência e no caso de morte, independente da causa, o fiscal estadual agropecuário tem de recolher amostras do material encefálico para análise. A partir de agora, a Agrodefesa, em conjunto com a Superintendência Federal de Agricultura no Estado de Goiás, fará o recadastramento dos 36 bovinos importados para substituição dos brincos de rastreabilidade danificados (Sisbov) além da avaliação da saúde de cada animal. Segundo Leonardo Aparecido, os animais não podem entrar na cadeia de abate nem interna nem externa e, caso o produtor queira abatê-los, tem de requerer autorização diretamente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que indeniza o produtor pagando o preço da arroba e, na sequência, descarta o animal. Adicionalmente, serão realizadas ações de fiscalização quanto ao uso da cama de frango na alimentação dos ruminantes, que é proibida, e checando as denúncias que chegam ao órgão. “Aumentaram as notificações relacionadas ao uso de cama de frango pelo produtor principalmente na região do Entorno do Distrito Federal, o que demonstra a maior visibilidade do trabalho realizado pelos fiscais da Agrodefesa”, destaca.

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