Fiscais estaduais agropecuários da AGRODEFESA estão monitorando frequentemente os bovinos importados que
integram o rebanho em oito municípios de Goiás. Atualmente há 36 bovinos de alto padrão genético em dez
proprietários diferentes no Estado. Desse total, apenas dois vieram do Paraguai,
onde o status sanitário para a Encefalopatia Espongiforme Bovina é semelhante ao do Brasil, ou seja, risco insignificante para a
doença. O outros 34 bovinos foram importados dos Estados
Unidos e do Canadá, onde já houve casos da doença.“Recentemente,
dois bovinos apresentaram alterações no estado de saúde, então, temos a
obrigação de acompanhar mais de perto esta situação. Uma vez que o
período de incubação do prion é bastante longo, precisamos ter a
segurança de um diagnóstico correto, medida que visa a prevenção do
aparecimento da doença em território brasileiro, algo que nunca ocorreu
antes”, justifica o veterinário Leonardo Aparecido Guimarães Tomaz,
coordenador do Programa Estadual de Controle e Profilaxia da Raiva dos
Herbívoros, da Agrodefesa. O
veterinário alerta que nenhum dos bovinos importados pode transitar
fora das propriedades rurais sem permissão da Agrodefesa, que é o órgão
estadual do serviço veterinário oficial. Além disso, qualquer alteração
no comportamento do animal precisa ser comunicada imediatamente à
Agência e no caso de morte, independente da causa, o fiscal estadual
agropecuário tem de recolher amostras do material encefálico para
análise. A
partir de agora, a Agrodefesa, em conjunto com a Superintendência
Federal de Agricultura no Estado de Goiás, fará o recadastramento dos 36
bovinos importados para substituição dos brincos de rastreabilidade
danificados (Sisbov) além da avaliação da saúde de cada animal. Segundo
Leonardo Aparecido, os animais não podem entrar na cadeia de abate nem
interna nem externa e, caso o produtor queira abatê-los, tem de requerer
autorização diretamente do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), que indeniza o produtor pagando o preço da arroba
e, na sequência, descarta o animal. Adicionalmente, serão realizadas ações de fiscalização
quanto ao uso da cama de frango na alimentação dos ruminantes, que é
proibida, e checando as denúncias que chegam ao órgão. “Aumentaram as
notificações relacionadas ao uso de cama de frango pelo produtor
principalmente na região do Entorno do Distrito Federal, o que demonstra
a maior visibilidade do trabalho realizado pelos fiscais da
Agrodefesa”, destaca.
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