O presidente da Agrodefesa, Antenor Nogueira, e o presidente da
Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Ricardo Yano, se
reuniram para discutir novas formas de cooperação
no combate a doenças de caráter zoonóticos dos rebanhos bovídeos, como a
brucelose e a tuberculose. Participaram do encontro o gerente de
Sanidade Animal da Agrodefesa, Antônio Amaral, a coordenadora do
Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose
Animal, Glauciane Ribeiro Pires e vários dirigentes de núcleos de
criadores ligados à SGPA. Durante a reunião ficou bastante destacada a importância da vacinação
contra a brucelose, considerada como o mais eficaz mecanismo de controle
da doença. Os representantes da Agrodefesa pediram aos dirigentes das
entidades de produtores que façam chegar aos pecuaristas o alerta de que
a não-vacinação das bezerras e a não-comprovação dessa vacinação pelo
menos uma vez por semestre junto aos escritórios da Agrodefesa impedirão
a propriedade de movimentar animais, pois o sistema informatizado da
Agência não permitirá a emissão da GTA. Também
ficou decidido que a Agrodefesa adiará a exigência de apresentação
obrigatória do atestado de exame negativo de brucelose e tuberculose
para o trânsito intraestadual de bovinos e bubalinos para a finalidade
de reprodução, exceto no caso de propriedades com foco comprovado dessas
doenças. Para o trânsito interestadual a exigência continuará valendo. A
Agrodefesa informou, durante o encontro, que as propriedades com
ocorrências de brucelose, tuberculose e leucose sofrerão restrições ao
trânsito de animais, até que os focos seja debelados. Os animais comercializados por estas propriedades devem estar
acompanhados do GTA e de uma declaração de
ciência do comprador de que a propriedade é foco ou suspeita das
referidas doenças. Tais restrições sanitárias decorrem de exigências da
Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão, bloco que constitui um dos maiores
mercados importadores da carne brasileira, inclusive a goiana. Antenor Nogueira considerou a reunião produtiva, até pela disposição
demonstrada pelas lideranças de produtores para colaborarem com a
Agrodefesa no desenvolvimento da educação sanitária do segmento. "Vamos
intensificar o diálogo com o setor produtivo, repassando para suas
entidades informações sobre novas regras e orientações, inclusive as
oriundas do MAPA", diz o presidente da Agrodefesa. Ricardo Yano também considerou positiva a iniciativa da Agrodefesa de
procurar o setor para discutir assuntos de interesse da sanidade animal.
Segundo ele, a SGPA e os núcleos de criadores defendem a vacinação em
massa contra a brucelose e se comprometeu a ajudar na mobilização dos
produtores em torno da medidas adotadas pela Agrodefesa para assegurar a
sanidade do rebanho goiano.
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